terça-feira, 13 de setembro de 2011

AVC - Acidente vascular cerebral

O acidente vascular cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais. É uma doença de início súbito na qual o paciente pode apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e dificuldade para enchergar. Pode ainda evoluir com coma e outros sinais.
Os acidentes vasculares do cérebro podem ser basicamente decorrentes da obstrução de uma artéria que irriga o cérebro (ou seja, por isquemia) ou podem ser por vazamento de sangue de um vaso sanguíneo (ou seja, hemorrágico).


AVC isquêmico:
É o tipo de AVC mais comum, presente em cerca de 80% dos casos. Ocorre pela falta de fluxo sanguíneo cerebral, levando ao sofrimento e enfarte do parênquima do sistema nervoso. Essa queda no fluxo sanguíneo pode ser decorrente de:
  • Uma obstrução arterial: um trombo ou, mais comumente, um êmbolo;
  • Queda na pressão de perfusão sanguínea, como nos estados de choque;
  • Uma obstrução na drenagem do sangue venoso, como na trombose venosa, causando dificuldade de entrada do sangue arterial no cérebro.
Nos primeiros momentos do AVC isquêmico não há morte de tecido cerebral, mas a falta de suprimento sanguíneo provoca a rápida degeneração do tecido cerebral, um tecido metabolicamente muito ativo e que demanda muito oxigênio e glicose para manter seus neurônios vivos. A área central do acidente vascular morre em pouco tempo, pois está praticamente sem nenhum fluxo de sangue.

AVC hemorrágico:

É o acidente vascular cerebral menos comum presente em cerca de 20% dos casos, mas não menos grave. Ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano. O sangue em contato com o parênquima nervoso tem ação irritativa. Além disso, a inflamação e o efeito de massa ou pressão exercida pelo coágulo de sangue no tecido nervoso prejudica e degenera o cérebro e a função cerebral.

Diagnóstico:

O diagnóstico do AVC é clínico, ou seja, é feito pela história e exame físico do paciente. Perda ou dificuldade súbita do movimento dos membros de um mesmo lado do corpo sugere fortemente AVC. Outros sintomas menos específicos, como queda do estado geral e coma, também levantam a chance de AVC. É boa prática que a hipótese seja confirmada por um exame de imagem, tomografia computadorizada eressonância magnética, que permitem ao médico identificar a área do cérebro afetada e o tipo de AVC

O processo de reabilitação pode ser longo, dependendo das características do próprio AVC, da região afetada, da rapidez de atuação para minimizar os riscos e do apoio que o doente tiver. 

 

Tratamento psicológico:

O AVC geralmente causa um impacto significativo na vida funcional, cognitivo e social do paciente, sendo comum que o paciente desenvolva transtornos psicológicos após o derrame. Entre 10 e 34% desenvolvem depressão maior, sendo assim, quanto maior o prejuízo na qualidade de vida e dificuldade de adesão ao tratamento mais importante é o acompanhamento psicológico e psiquiátrico para a reabilitação da vítima do derrame.

Tratamento dietoterápico:

  • Mudança nos hábitos alimentares
  • Regularizar os horários das refeições para que se possa aumentar o fracionamento.
  • É recomendado realizar refeições pequenas e frequentes, de 6 a 8 refeições por dia, sendo elas: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia;
  • Comer devagar;
  • Selecionar uma grande variedade de alimentos;
  • Os alimentos devem ser bem cozidos e servidos em consistência pastosa na forma de papas, purês, cremes e mingaus;
  • Usar caldo de carne e molhos para umedecer carnes e legumes.
  • Evitar a ingestão de líquidos durante as refeições, a fim de evitar a sensação de plenitude gástrica;
  • Beber bastante líquido no intervalo das refeições, ao longo do dia;
  • Os líquidos devem ser espessados e sorvidos lentamente;
  • Espessar os líquidos com cereais infantis, batatas amassadas, flocos de batata, ou amido de milho.
  • Oferecer alimentos na temperatura fria e nunca alimentos quentes para evitar náuseas;
  • Para aumentar o aporte calórico e evitar a perda de peso, acrescentar: óleos (ricos em gordura monoinsaturada), azeite, margarinas, queijos cremosos, molhos, açúcar, mel e farinhas às preparações;
  • Aumentar a ingestão de frutas, sendo que estas devem ter suas fibras abrandadas pelo calor ou devem ser servidas amassadas para facilitar a deglutição;
  • Dar preferência ao leite e derivados desnatados;
  • Evitar alimentos gordurosos, ingestão de alimentos fonte de gordura saturada e trans como carne vermelha, frituras e queijos amarelos;
  • Moderar o consumo de café, álcool, chá preto, chá mate, chocolate, refrigerante e alimentos condimentados;
  • Evitar esforçar-se após as refeições (20 a 30 minutos após a ingestão de alimentos);
  • A última refeição do dia deve ser realizada cerca de 3 horas antes de deitar;
  • Evitar roupas apertadas, especialmente após as refeições;

Principais fatores de risco:

Hipertensão arterial

Doença cardíaca

Colesterol

Tabagismo

Consumo excessivo de bebidas alcoólicas

Idade

Obesidade

entre outros.

Diabetes

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